Total de visualizações de página

domingo, 30 de setembro de 2012



Fim de Setembro

A chuva cai fina
Deste grande céu azul escuro,
Assim como meu coração,
Assim como minha alma,
Saturada pelo desejo insano
De ser livre outra vez.

Voar por entre os quatro ventos,
E esquecer por ao menos
Um minuto, o real motivo
De estarmos vivos.

Lembro-me das tardes
No fim de setembro,
O sol brigava com a chuva
Enquanto pulávamos
Por entre as poças de lama,
Algo o qual não vou me esquecer.

Éramos um casal feliz.
Mas não tínhamos nem idéia disso,
Nem se quer desconfiávamos
Que um dia nos tornaríamos,
Separados, cruéis e vingativos.
 
Mas no fim de setembro,
Olhamos pro espelho
Das ilusões, e tudo o que vemos,
É um começo de mentiras ocultas.
Onde nos esquecemos das verdades,
Encurralados pelos próprios erros.

 Por: Louis (Lord Lui)

sexta-feira, 14 de setembro de 2012


Violetas de Outono

Perdido nas sombras do coração,
Num lugar onde só os puros
Podem vir a conhecer,
A solidão de uma alma que sofre.

Torna-se reflexo de uma
Imagem morta, em meio a túmulos.
Uma criatura sem amor,
Um ser sem caminho a seguir.

Onde a dor cala,
Anula qualquer sentimento
Que o traga para o bem,
Que o faça feliz novamente.

Deleitando se apenas de
Seus lamentos, desconhecendo
Completamente o gosto de viver.
Assim como uma caixa vazia.

Uma borboleta de asas quebradas,
Que não tem mais forças pra voar.
Em meio às violetas de outono,
Se calando mais uma vez,
Para não tornar a sofrer.

Por: Louis (Lord Lui)



Sem Direção

Eu fecho meus olhos,
Só pra não ver o vento passar,
Antes que tudo desapareça
Diante de mim, diante dos meus
Mais profundos sonhos.

Não sei onde estou,
Mas vou caminhando contra
As barreiras que me deparam,
Agora sou só eu nessas estradas.

Estradas culpadas,
Por um amor infinito,
Aonde me conduzem
Sem nem ao menos
Dar um destino.

Mas me vejo preso
Em um horizonte distante,
Distante, distante...
Seja de mim ou de você.
Apenas sigo por esses caminhos,
De pura e completa solidão.

Mantendo me seguro,
Por um minuto mais,
Antes que possa tornar,
A sofrer, sem ao menos uma
Direção a ser seguida.

Por: Louis (Lord Lui)

domingo, 9 de setembro de 2012


Flor Morta
 
Sua beleza incrível,
Faz passar por si mesma
Como se fosse despercebida,
Uma garota linda,
Mas que não tem noção disso,

Uma dama perfeita,
Mas que se acha feia,
Quem perdera mais do que
Jamais tivera,
Portanto vaga pelas ruas
Buscando pelo amor.

O mundo bate suas portas
Sobre o manto de sua face,
Porque ela não ama a si mesma
É uma flor morta.

Fora de controle
Sem lugar para ir,
Nem onde se esconder
O que vi foi à vida
Toda imitando a arte.


Ou será que foi a arte
Imitando a vida?
Ela simplesmente estava
Caindo aos pedaços,
Deixando cair cada pétala,
Deteriorando-se como uma flor morta.
Por: Louis (Lord Lui)