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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

O Amor Curará as Asas de Uma Borboleta

Não há uma noite se quer,
Que passe e eu não pense em nós,
Antes de repousar em fim,
Penso como ser o homem que você merece ter.

Mas sinto as respostas distantes de mim,
O ritmo da sua respiração vagando ao longe,
Esculpindo sombras dançantes na névoa
Trazendo um infinito vazio.

Repenso meus atos,
Sei onde eu errei, mas e os acertos?
É que não há certo ou errado no plano do amor
Eu queria ser melhor do que isso.

Pois não quero perde-la,
E ver tudo que criamos morrer,
Como um sonho despedaçado
Assombrando o nosso sono.

Eu sei que errei muito,
Vi nossa fé se acabar nossos corações,
Feridos e rasgados,
Esmagados como uma flor sob a neve.

Eu serei o seu homem,
Serei seu porto seguro,
E te protegerei com minha vida,
Seremos livres eu sei.

Envelheceremos juntos,
Assim como a flor na primavera
E finalmente morreremos felizes,
Pois só o amor pode curar nossas feridas.
Por: Louis (Lord Lui)
Olhos Góticos XIX
“Obra do Destino”
 
Numa noite fria de luar,
Foi onde a conheci,
Nada igual a mim,
Mas me apaixonei.

Por longos meses
Tentei conquista lá,
Mas foi tudo em vão,
Não fui o melhor pra você.

Mas ainda assim nos tornamos amigos,
Numa noite chuvosa,
Lembro-me de tê-la visto,
Frente a frente a minha face.

A vontade de beija-la
Era forte de mais pra mim,
Mas tive de ser forte,
Não queria força-la a nada.

Como num súbito a vi indo embora,
Confesso ter me odiado por dentro,
Mas sabia que era preciso,
Pois nunca seria o suficiente pra você.

Com o passar tempo,
Eu a vi feliz nos braços de outro alguém,
E senti meu coração enfim descansar,
Pois sabia que esse era nosso destino.

Por: Louis (Lord Lui)
Setembro

Esta manha eu acordei,
Sentindo uma ferida em meu peito,
Meus olhos já não eram os mesmos,
E o silencio me causava dor.

Sei que fiz minhas escolhas,
Mesmo tendo errado em quase todas,
Nada se comparou a este amanhecer,
Senti-me abandonado nesse frio

Minhas lembranças fogem a minha mente,
Nada mais parece ter sentido,
Em meio a poucas recordações,
Repousa as lembranças daquele setembro.

Quando eu tento esquece-las me ferem,
Mas ainda existem verdades nelas,
Que me levam a um recomeço,
De memorias e crenças antigas.

Observo o crepúsculo,
E mais um dia se foi sem ser aproveitado,
Perdi-me em tantas memorias,
E volto a escrever nessa manha de setembro.

Por: Louis (Lord Lui)

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Olhos Góticos XX
“Dejávu”
 
No calado do meu próprio vazio,
O insano grita por meu nome,
Por entre a névoa desta escuridão,
Sinto-me cada vez mais distante.

Distante de tudo e de todos,
Formando a barreira da solidão,
Como meu único consolo,
Ainda lembrando-me dos tempos antigos.

Revendo meu passado,
O humilhante gosto do dejávu,
Onde perdi minha vida,
Por entre as escrituras mortas.

Que existem em meu tumulo,
Castigado por um mundo,
Com pessoas de corações
E almas vazias. 

Percebo então que já não pertenço,
Ao mundo dos que ainda vivem,
Pois me vejo morto nessas estradas,
Onde já estive em tempos antes desses.

Antes de me tornar esse ser impiedoso,
Caminhei por entre os espinhos,
Das rosas que choravam meu próprio sangue,
Enquanto meu coração de mim era arrancado.

Tudo para um ritual de falsos vampiros,
Que não só sugavam o sangue podre,
Mas roubavam a vida de pobres inocentes.
Apenas para manter suas fantasias.

O sexo da noite com o aroma da morte,
O cheiro de crueldade que possui,
Tudo o que restou das minhas crenças.
Tudo o que resta agora é meu exilio.

Triste frio e sangrento,
Mesmo que não tenha mais um corpo,
Sinto me ferido enquanto caminho,
Para a eternidade.

Por: Louis (Lord Lui)