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segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Olhos Góticos XX
“Dejávu”
 
No calado do meu próprio vazio,
O insano grita por meu nome,
Por entre a névoa desta escuridão,
Sinto-me cada vez mais distante.

Distante de tudo e de todos,
Formando a barreira da solidão,
Como meu único consolo,
Ainda lembrando-me dos tempos antigos.

Revendo meu passado,
O humilhante gosto do dejávu,
Onde perdi minha vida,
Por entre as escrituras mortas.

Que existem em meu tumulo,
Castigado por um mundo,
Com pessoas de corações
E almas vazias. 

Percebo então que já não pertenço,
Ao mundo dos que ainda vivem,
Pois me vejo morto nessas estradas,
Onde já estive em tempos antes desses.

Antes de me tornar esse ser impiedoso,
Caminhei por entre os espinhos,
Das rosas que choravam meu próprio sangue,
Enquanto meu coração de mim era arrancado.

Tudo para um ritual de falsos vampiros,
Que não só sugavam o sangue podre,
Mas roubavam a vida de pobres inocentes.
Apenas para manter suas fantasias.

O sexo da noite com o aroma da morte,
O cheiro de crueldade que possui,
Tudo o que restou das minhas crenças.
Tudo o que resta agora é meu exilio.

Triste frio e sangrento,
Mesmo que não tenha mais um corpo,
Sinto me ferido enquanto caminho,
Para a eternidade.

Por: Louis (Lord Lui)

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