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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Gritos da Noite
 
Ainda é meia noite,
Em mais uma madrugada de angustia,
Pode-se ouvir ao longe do cenário morto,
Gritos tristes rompendo a barreira do silêncio.

Uma criança chora,
Pois sabe que esse é o seu final,
Descobriu que o mundo
É um assassino frio.

Viveu cercado de horror,
Um pai violento e uma mãe cruel,
Sentia-se a pior espécie de ser humano,
Sentia-se morrer aos poucos.

Em busca de paz encontrou-se,
Por entre as criptas da morte,
Vazio e sem esperança,
Um adolescente perdido em meio ao caos.

Um jovem sem fé,
Que caminhava no vale negro,
Ouvindo apenas os estalos
Das folhas secas sob seus pés.

Queria se livrar da culpa,
Uma culpa de um ato que jamais cometera,
Mas se culpava por não conhecer o amor,
Fazendo nascer os gritos da noite.

Ocupando em fim sua ultima morada,
Eu o vi perecer com sua flor decomposta,
Por entre as chamas em meio à escuridão,
Que o conduzia ao seu ultimo adeus.

Por: Louis (Lord Lui)

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